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Obrigada por abrir as portas da sua casa a mim. E mais do que isso: escancarar-me as portas, as janelas e todas as frestas da sua alma. E mais ainda: convidar-me a entrar nos seus cantos mais escuros, onde estão a dúvida e o medo, as feridas cicatrizadas ou em dolorosa carne viva.
Obrigada por compartilhar comigo seu tempo e seu espaço; seu lugar, sua gente; seu prato, sua cama, seu sono, seu corpo; enfim, sua vida.
Obrigada por acolher-me em seus braços e por deixar ser abraçado pelos meus. Por sorrir sinceramente, e por calar-se triste -- duma tristeza entregue, somente permitida e oferecida a quem se ama.
Obrigada pela certeza do seu amor. Um amor do seu jeito, do nosso -- sem amarras, rótulos, prescrições, pré-determinações. O amor único que nos cabe, aquele que respeita a mim e às suas verdades.
Obrigada por amar-me assim, com suavidade, pacificamente; e por permitir que nos amemos, em alguns momentos, também com a agressividade do desejo. Obrigada, sobretudo, por me amar com..
Liberdade
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Débora Souza.
10/08/2009
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