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7 de Julho
Bom dia! Todavia, na cama se multiplicam os meus pensamentos em ti, minha amada imortal; tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver sozinho é-me possível, ou inteiramente contigo, ou completamente sem ti. Quero ir bem longe até que possa voar para os teus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso, podendo enviar a minha alma ao reino dos espíritos envolta contigo. Tu concordarás comigo, tanto mais que conheces a minha fidelidade, e que nunca nenhuma outra possuirá meu coração; nunca, nunca… Oh, Deus! Por que viver separados, quando se ama assim?
Minha vida, o mesmo aqui que em Viena: sentindo-me só, angustiado. Tu, amor, tens-me feito ao mesmo tempo o ser mais feliz e o mais infeliz. Há muito tempo que preciso de uma certeza na minha vida. Não seria uma definição quanto ao nosso relacionamento?… Anjo, acabo de saber que o correio sai todos os dias. E isso me faz pensar que tu receberás a carta em seguida.
Fica tranquila. Contemplando com confiança a nossa vida alcançaremos o nosso objectivo de vivermos juntos. Fica tranquila, queiras-me. Hoje e sempre, quanta ansiedade e quantas lágrimas pensando em ti… em ti… em ti, minha vida… meu tudo! Adeus… queiras-me sempre! Não duvides jamais do fiel coração de teu enamorado Ludwig.
Eternamente teu,
eternamente minha,
eternamente nossos.
Ludwig van Beethoven
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Cartas de amor
Postado por
Rodrigo Leite
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“Mais querido dos meninos, tua carta foi deliciosa, como vinho tinto e branco para mim. (…) Preciso ver-te logo. És o divino objeto do meu desejo, um ser de graça e beleza. (…) Em alguns momentos, pensei que seria melhor nos separarmos. Ah! Momentos de fraqueza e de loucura! Agora vejo que isso teria mutilado minha vida, arruinado minha arte, destruído os acordes que compõem uma alma perfeita. Mesmo coberto de lama, eu te louvarei; dos abismos mais profundos, clamarei por ti. Na minha solidão, tu estarás comigo. Estou decidido a não me revoltar, mas aceitar todos os ultrajes pela devoção ao amor”
(Oscar Wilde para Lord Alfred Douglas)
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“Mais querido dos meninos, tua carta foi deliciosa, como vinho tinto e branco para mim. (…) Preciso ver-te logo. És o divino objeto do meu desejo, um ser de graça e beleza. (…) Em alguns momentos, pensei que seria melhor nos separarmos. Ah! Momentos de fraqueza e de loucura! Agora vejo que isso teria mutilado minha vida, arruinado minha arte, destruído os acordes que compõem uma alma perfeita. Mesmo coberto de lama, eu te louvarei; dos abismos mais profundos, clamarei por ti. Na minha solidão, tu estarás comigo. Estou decidido a não me revoltar, mas aceitar todos os ultrajes pela devoção ao amor”
(Oscar Wilde para Lord Alfred Douglas)
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