Se a canoa não virar..

Ondas gigantes. Derretimento das calotas polares. Aumento da temperatura do planeta Terra. Um novo enredo para um ótimo filme de Spilberg. Sobreviventes correndo sem rumo depois de sua cidade ser invadida por um tsunami seria o clímax, milhares de pessoas irão tirar seus lenços e chorar ao assistir inúmeros corpos. O presidente norte americano sem saber o que fazer, se pergunta onde o mundo errou. Seria um bom filme para a temperatura máxima, caso no final não aparecesse baseado em fatos reais.

Parece exagero, mas não é. Novos estudos comprovam, e renomados cientistas assinaram em baixo, o planeta Terra precisa respirar. E o culpado por essa ausência de ar somos nós. A cada dia nossas fábricas, automóveis e o progresso, que praticamente dizimou todo o verde mundial, estão transformando o cobertor que protege a Terra, em um edredom com casaco de pele de algum animal em extinção. Os lideres mundiais estão se mexendo aparentemente. A ONU já ofereceu a casa para o almoço. Depois cada um que lave sua louça e vá fazer sua siesta em sua casa com ar condicionado e aquecedores centrais. O povo do presente e do futuro? Sol tem vitamina D e o frio faz bem para a pele.

“O sertão vai virar mar”. Parece que Antônio Conselheiro e Jesuíno Pregador estavam certos. O que espanta é que desde aquela época esse assunto era falado e nada foi feito para impedir. Os EUA, concentradores de grande parte das indústrias do mundo, tratam poluição com valor. São responsáveis por 25% dos gases liberados na atmosfera e se recusam a assinar o Tratado de Kyoto. Eles só esquecem rápido das catástrofes que a natureza lhes enviou de presente. O ultimo levou a cidade do jazz. Quantas cidades a mais precisarão serem lavadas e quantos patriotas mortos para alguém acordar pro futuro?

Pergunta complicada. A cada segundo, um número absurdo de gases é eliminado, milhares de árvores derrubadas e as queimas estão se tornando cada vez mais comuns. Carros transitam de um lado a outro. Pelo jeito que vai, ao invés de uma casa de praia, teremos uma casa dentro da praia. A geração de 70 dizia que queria mudar o mundo. Parabéns, nós conseguimos!